Repertório Homeopático

Nenhum

Aranha pertencente à família Lycosidae, comum na Europa, um pouco parecida com a aranha doméstica, sendo maior e mais robusta. Abunda na Itália, Tarento, de onde vem seu nome. É uma aranha marrom-amarelada no corpo e pernas; estas são longas e o corpo inteiro é coberto por pelos curtos. As tarântulas são espécies de Verão, gostam de expor-se ao sol da tarde e a temperatura abafada e dias nublados tornam-nas ativas. Tem hábitos noturnos, são astutas e ágeis caçadoras, e capturam suas presas no pulo e matam-nas com sua peçonha. Segundo crenças populares das regiões onde habita, o efeito do veneno desta aranha apenas podia ser neutralizado através de danças frenéticas que viriam a ser mais tarde apelidadas de "tarantelas". Há certa polêmica em relação a que espécie de aranha referiam-se tais crenças, como também a que espécie referem-se as descrições da ação geral de envenenamento nos textos de homeopatia, visto que o seu veneno parece não ser verdadeiramente perigoso para o homem, embora a picada de uma destas aranhas possa provocar algumas dores, edema e necrose local e, em casos mais graves, pequenas perturbações mesmo num adulto e, apesar de seu aspecto assustador, não estar na lista das mais venenosas. Seria a Latrodectus tredecimguttatus a espécie que causa os efeitos tóxicos descritos nos textos de homeopatia e o chamado "tarantismo"? Nas Características desse remédio J.H.Clarke escreve o seguinte: "O nome Tarentula abrange um número de aranhas venenosas, mas em homeopatia, salvo outras distinções, refere-se a Tarentula hispanica, Lycosa tarentula. Ele instigou a experimentação e colheu muitas informação extras sobre a ação do veneno. "Tarantela" é uma dança cujo nome provém da cidade de Tarentum. "Tarantismo" é uma "mania" de dança, provocada em pessoas mordidas pela Tarântula, ou naqueles que se imaginam mordidos. A cura é a música e a dança. Aqui estão dois exemplos: (1) Menina, três meses de idade, foi mordida por uma Tarântula. Ela parecia inicialmente desconfortável e, em seguida, exibiu dispneia, e queixosa, apresentou sinais de asfixia, vomitou, estava agitada e muito convulsiva. Música foi tocada; movimentos dos membros se estabeleceram, resultando uma sudorese profusa, seguida de sono e completa recuperação. (2) Francis Mustel, um camponês, foi mordido por uma Tarântula na mão esquerda, em meados de julho quando estava colhendo milho. Ele foi para casa com seus companheiros, mas no caminho caiu como se atingido por apoplexia. dispneia em seguida, e face, mãos pés e ficaram escuros. Conhecendo o remédio, seus companheiros buscaram músicos. Quando o paciente ouviu-os tocar, começou a reavivar, a suspirar, a mover primeiro seus pés, então suas mãos e em seguida, o corpo inteiro; finalmente ergueu-se sobre seus pés e dançou de forma violenta, com suspiros tão elaborados que os que estavam por perto ficaram quase assustados. Às vezes ele rolava no chão batia com os pés com veemência. Duas horas depois que a música começou o escurecimento de seu rosto e mãos desapareceram, ele suou livremente, e recuperou perfeita saúde. A cada ano na mesma época a dor e os sintomas observados retornavam, mas menos intensamente; e podiam ser evitados pela música. Mas se o paroxismo iminente não fosse evitado a tempo, ele era encontrado pelos seus amigos caído como de início e era recuperado da mesma maneira".Prepara-se o remédio com a tintura do animal vivo.Ver descrição de Tarentula cubensis (Tarent-c).