Repertório Homeopático

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Animal. Uma espécie de peixe pertencente à família Anguillidae, originária do Oceano Atlântico, no Mar dos Sargaços, entre as Bahamas e as Bermudas. É uma espécie marinha com uma fascinante história migratória e com um ciclo de vida em água doce e outro no mar. Possui um corpo muito alongado e cilíndrico, com aparência serpentiforme, de dorso esverdeado e ventre claro, com escamas minúsculas e ovais e uma barbatana dorsal que se une à caudal e anal e com as peitorais curtas. Apresenta um focinho pequeno e cônico com 2 pares de narinas e boca larga onde o maxilar inferior ultrapassa o superior, ambas com pequenos dentes muito fortes e aguçados. Vive como larva (leptocéfalas) ao longo de um período de 2 a 3 anos, levada pelas correntes oceânicas até às costas européias. Aí então a enguia fica transparente como vidro. É com esta forma que ela regressa aos rios. Ao entrar em contato com a água doce ela ganha uma cor amarela e vai perdendo a transparência. O soro da Enguia é um líquido transparente azul-esverdeado de reação fortemente alcalina. Uma dose fatal injetada na veia da orelha de um coelho desencadeará convulsões, exoftalmia, contração da pupila, salivação, hematúria e epistaxe; finalmente parada cardíaca em sístole e o animal morre. Se a dose é fraca o animal entra em caquexia e sucumbe após alguns dias.Na descrição de W.Boericke, lê-se: "O SORO DA ENGUIA tem uma ação tóxica sobre o sangue, destruindo rapidamente seus glóbulos. A presença de albumina e elementos renais na urina, a hemoglobinúria, a prolongada anúria (24 e 26 horas), juntamente com os resultados da autópsia, demonstram claramente sua ação eletiva sobre os rins. Secundariamente, o fígado e o coração são afetados e as alterações observadas são as que normalmente estão presentes em doenças infecciosas."