Repertório Homeopático

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A Morfina é um dos principios ativos do Ópio (Op). É uma substância branca, sólida, em pirâmides de quatro faces, inodora, de sabor amargo, pouco solúvel em água fria e no álcool frio; insolúvel em éter. Foi criada em 1803, pelo farmacêutico alemão Friedrich Wilhelm Adam Serturner, recebendo o nome em homenagem ao Deus grego do sono, Morfeu. O Acetato de Morfina resulta da combinação do Ácido Acético com a Morfina; é branco amarelado, inodoro, de sabor amargo, solúvel em água, mas após algum tempo torna-se insolúvel. O Hidroclorato de Morfina é um sal cristalizado em agulhas, solúvel em 18 partes de água fria. O Sulfato de Morfina obtém-se da dilução em água quente juntamente com o Ácido Sulfúrico; é um sal branco cristalizado em agulhas reunidas em fascículos, inalterável ao ar, inodoro, de sabor amargo. Os textos de matéria Médica Homeopática descrevem sob o título geral Morphinum também os efeitos dos sais Morphinum Aceticum, Morphinum Muriaticum, Morphinum Sulphuricum. J.H.Clarke faz as seguintes considerações sobre este remédio: "Morfina é o alcalóide do ópio que contém as propriedades mais característico da droga. O alcalóide em si, o Acetato, o Cloreto e o Sulfato foram todos utilizados como analgésicos e produtores do sono, mas eu não achei viável tentar diferenciá-los, uma vez que o sal empregado nem sempre tem sido mencionado. Alcalóides não agem da mesma forma que as bases comuns na sua união com ácidos; os alcalóides não deslocam nenhuma molécula de ácido; uma molécula de ácido é apenas adicionada a uma molécula de alcalóide e não integrada a ele. A distinção, pois, entre os sais de alcalóides é menor do que entre os sais de metais. Eu incluí os efeitos de todos na minha Sinopse; é provável que os sintomas de qualquer um deles sejam suficientes para indicar qualquer outro". Prepara-se o remédio por trituração.