Repertório Homeopático

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Planta pertencente à família das Corynocarpaceae, nativa da Nova Zelândia. Árvore que cresce em geral entre 6 e 9 m com uma densa copa arredondada. Lembra uma figueira (Ficus) pelas suas folhas alternas, pecioladas, obovadas, com uma borda lisa, largas, coriáceas, verde escuro brilhante com até 20 cm de comprimento. Uma característica interessante da folha é que, depois de ser removida da planta, ela permanece verde e fresca durante várias semanas. Arranjos de pequenas flores amarelo-esverdeadas são seguidas no Outono ou Inverno, dos frutos amarelo-alaranjados com 18 a 38 mm de comprimento, cada uma contendo uma semente grande, extremamente venenosa (só após cuidadoso tratamento e torrefação que é segura para comer pelos Maoris). "G. Bennett registrou alguns sintomas observados no caso de um chefe Maori envenenado com as sementes de Karaka, que contêm uma substância farinhenta, insípida, e são comidas em tempos de escassez. Mas as sementes cruas são venenosas e produzem dores espasmódicas, tontura e paralisia parcial. Para prevenir isto são colocadas em vapor por vinte e quatro horas, e então enterradas no solo ou mantidas, para umedecer, em água por alguns dias (Treas. of Bot.). C.F. Fischer (HW, XXVIII. 515) experimentou Karaka e usou clinicamente em casos de convulsões. Ele cita um caso e seus efeitos do Proceedings of the New Zealand Institute: espasmos e convulsões violentas de todo o corpo, braços e pernas esticados violenta e rigidamente; grande fluxo de calor; protrusão de olhos e língua; ranger dos maxilares. O veneno demonstra rapidez fatal se o paciente não for atendido imediatamente; e os membros ficam permanentemente rígidos e distorcidos, se não forem fixados em posições apropriadas até a crise passar. O tratamento geral é prender (enfaixar) o paciente (geralmente uma criança), com as pernas na posição correta, cavar um buraco e colocá-lo no mesmo, de pé, enterrado até o queixo com uma mordaça na boca. O escritor descreve um jovem, 12 anos, que tinha se recuperado depois de ter sido envenenado, mas cujos membros não tinham sido adequadamente firmados e tornaram-se absolutamente inúteis. Uma perna ficou curvada para cima e para trás na região lombar, a outra dobrada com o pé para fora, um braço inclinado para trás de seu ombro, a outra ligeiramente dobrada e estendida para frente, e todos, com a musculatura inflexivelmente rígida. Ele não podia mover-se ou mesmo espantar as moscas." (J.H.Clarke) Prepara-se o remédio com a tintura ou trituração das sementes frescas".