Repertório Homeopático

Nenhum

Planta pertencente à família das Bignoniaceae, nativa da América intertropical e subtropical, do Brasil, Uruguai e Argentina. Há alguma imprecisão sobre a espécie referida por Mure; alguns texto selecinados a seguir podem ajudar na ilustração deste remédio. "(...) Jacaranda caroba, que foi experimentado no Instituto Homeopático no Rio de Janeiro, é citado em Patogenesia Brasileira, e mesmo com nomenclaturas adicionais também apresenta muitas dificuldades para sua caracterização. (...)deparamos com algumas dificuldades, a começar pela nomenclatura, que dificulta a perfeita identificação da planta usada por Mure. Na tradução em português, encontramos Jacaranda caroba (D.C.) Bignonia caroba (Vell.) Bignoniacea. A revisão farmacêutica acrescentou diversos sinônimos para nomes científicos e populares que, ao invés de facilitar, podem trazer mais imprecisão. OLIVEIRA chama a planta usada por Mure de Jacaranda brasiliense ou caroba, sem descrevê-la. (...) A espécie Jacaranda caroba (Vell) é uma espécie arbustiva, possui altura média de 2,5 a 10 metros, folhas compostas bipinadas com 8 a 12 folíolos coriáceas ou subcoriáceas, flores arroxeadas, e frutos elípticos, secos e deiscentes. É frequente sua referência como sinônimo de Bignonia caroba Vellozo, Jacaranda clausseniacia Casaretto, Jacaranda mendoncaei, entre outros. É importante observar que a farmacopéia homeopática americana faz uma referência a flores brancas, contrariando a literatura nacional e nossos achados" (Jacarandá caroba, MEDICAMENTO DE MURE - Amarilys Toledo Cesar; Paula A.Sollero; Cleudi Pereira; Gabriel Sollero). Segundo Benoit Mure, que refere Bignonia caroba como sinônimo, "Esta é uma árvore com madeira branca, cujos ramos do topo atingem a altura de 20 a 28 pés. Folhas pinada, tri ou quadripinuladas, compostas de 5 a 9 folíolos ovais, opostos, sésseis, glabros. Flores grandes cor violeta em pedúnculos que são expandidos em sua extremidade, formando panículas terminais ramosas. Cálice tubular com 5 dentes; corola tubular levemente pubescente externamente, e expandindo até seu topo em um limbo com 5 divisões obtusas. Cinco estames, um dos quais é rudimentar. Ovário esquivo, superposto por um estilo simples terminando em um estigma bilaminar. A casca é linear e plana. A Caroba é muito comum no Brasil em jardins e plantações; floresce em Setembro. Nós empregamos a flor". (Na tradução do livro de Benoît Mure, sob coordenação de Paulo Rosembaum, lemos a observação: "Interessante notar que na fitoterapia se usam as folhas e Mure usou as flores".). J.H.Clarke, que faz referência a Bignonia caroba e Jacaranda Braziliensis, diz: "Várias espécies de Jacarandá ('especialmente J. procera', diz The Treasury of Botany) têm a reputação de ser curativas para sífilis. Mure experimentou J. caroba, e os sintomas da prova certamente apontam para isso.