Repertório Homeopático

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Animal réptil. Lagarto venenoso da família helodermatideae, encontrado no sudoeste dos E.U.A. e noroeste do México, com até 60 cm de comprimento, coloração preta e rosada. É o único lagarto venenoso do mundo (o outro seria o H. horridus). Tem até 60 cm de comprimento, o que faz dele o maior lagarto norte-americano. Habita regiões desérticas e seus hábitos são principalmente noturnos e terrestres. Move-se lentamente, usando a língua para sentir cheiros deixados na areia e capturar as suas presas. Chega aos 20 anos de longevidade. J.H.Clarke escreve sobre as características deste remédio: "A informação que possuímos da ação de Heloderma está contida nos vols. V. ao XI. do Hom. Recorder, incluindo algumas notáveis e importantes experimentações pelo Dr. R. Boocock. O nome dado a esse remédio pelo Recorder é Heloderma horridum, mas como existe alguma confusão entre as duas espécies, eu prefiro nomear o remédio Heloderma simplesmente. A primeira nota do remédio está no vol. V. p. 163, em escritos do Dr. Charles D. Belden, que forneceu aos Srs. Boericke e Tafel um espécime vivo e também veneno obtido por ele mesmo. Dr. Belden chama seus espécimes H. horridum OU suspectum. Agora o Dr. Belden escreve do Arizona, e o rio Gila do qual o lagarto recebe o seu nome Monstro-de-gila é um rio do Arizona, e o lagarto do Arizona é o Heloderma suspectum. Heloderma horridum, o 'Lagarto-de-Cuentas', que é também chamado de 'Monstro-de-Gila', é um lagarto mexicano e é geralmente considerado inofensivo. De qualquer modo, fica acordado que existe um lagarto que é venenoso, e que é um lagarto Heloderma, e o nosso remédio é o veneno dele obtido". "Uma criatura feia, de aspecto desagradável, a cabeça longa e rombuda, olhos pretos e como gota, cauda metade do comprimento do corpo, grossa e em formato de porrete. O corpo inteiro revestido por uma fina armadura, marcada curiosamente com amarelo e preto". É lento e movimenta-se lentamente quando está no escuro, mas pode desenvolver uma grande atividade, quando trazido para a luz solar. É muito tenaz para viver, a única parte vulnerável parece estar na junção da cabeça com a coluna, um golpe sobre a qual irá matá-lo. Da mordida do réptil Belden diz: "Este animal não morde com freqüência, mas quando ele o faz entende-se que o resultado é uma paralisia entorpecedora, como o de paralisia agitans, ou a ataxia locomotora. Não há fases tetânicas". O veneno tem reação alcalina. Númerosos casos de mordeduras estão registrados. Um cachorro mordido no nariz "proferia uivos aterrorizadores, e quando, depois de muita dificuldade, ele foi libertado, tinha sintomas como "cambaleio cego", girando em círculos, morrendo em vinte minutos". Um jovem mineiro mordido na perna, mas com saúde robusta no momento, imediatamente começou a perder peso, tornou-se melancólico, e morreu em poucos meses como em uma rápido consumpção. Helod. tem a reputação de ser fatal para bebedores, e afetar o temperamento menos severamente. Isto, diz Belden, é corroborado de algum modo pela recuperação do Sr. Vail, de Tucson, um homem de hábitos moderados, depois de uma mordida, e da morte, após persistir vários meses, de um homem mordido enquanto bêbado. Esta persistente natureza de ação do veneno é marcadamente diferente dos venenos de serpentes, que geralmente matam rapidamente. Uma mulher indiana mordida na perna, sobreviveu, mas a perna atrofiou, e ela se tornou uma semi-idiota, mas viveu durante trinta anos ainda. O escritor de um artigo citado pelo Recorder do New York Sun, relatando seu caso, assim descreveu o efeito: Se a pessoa sobrevive uma ou duas horas após a picada, a agonia é descrita como terrível pelas testemunhas. O veneno progride através do sistema humano com rapidez relâmpago, e causa indescritível dor e excruciante agonia da cabeça aos pés. Embora paralisado, cada músculo, osso, tendão e nervo, é profundamente vivido por dor intensa. A cabeça da vítima parece que se abre dividida. Poucas pessoas podem falar após os primeiros quinze minutos da mordida, mas raramente a inconsciência surge até poucos minutos antes da morte. Sr. Vail diz que o seu sofrimento era intenso, a dor ia da parte ferida para a cabeça e costas. Imediatamente após sofrer o ferimento, que foi em seu dedo indicador, tanto punho e dedos foram firmemente enfaixados. Duas horas depois, a ferida foi limpa e feito curativo e as faixas reaplicadas. Por três dias aquelas intensas dores podiam estender-se para cabeça e coluna pelo afrouxamento das faixas ao menor grau. Após três meses, o único resultado perceptível foi uma língua inchada que parecia resistente a retornar ao seu tamanho normal. O tratamento que ele recebeu foi sudorese profusa pela administração de Jaborandi (Jab). Experiências em animais pareceram mostrar que a morte ocorria antes de falência cardíaca do que de falência respiratória. Isto era muito conhecido quando o Dr. Robert Boocock, de Flatbush, fez a sua experimentação que deu ao remédio um lugar definitivo na Matéria Médica homeopática. Prepara-se o remédio por trituração e solução do veneno.